Soundtrack - Walk Hard - The Dewey Cox Story

Oi.

Assisti ao Gil Giardelli esta semana e fui convencida a voltar a blogar - ainda que ostensiva e ilegalmente, neste caso.

Não sou muito dada a musicais. Não sou muito dada a musicais que duram mais de duas horas. Não sou muito dada a musicais que duram mais de duas horas na cama no laptop na noite de domingo. Mas esse é massa, véi.

Não tenho a mênima noção se Walk Hard já foi lançado no Brasil. Não tenho a mais vaga lembrança de onde foi que li a respeito dele e emeiei solicitação de download para meu webmaster. Mas lhe afirmo que as mais de duas horas valem cada kB da sua banda.

Walk Hard é uma paródia de filmes musicais realizada com seriedade, cujo objetivo é me fazer rir horrores. Tem momentos em que Dewey Cox (interpretado por John C. Reilly, meu chapinha desde o caça-níqueis retumbante Dias de Trovão até o gracioso curta da graciosa Miranda July, "Are you the favorite person of anybody?") é muito Jim Morrison, em outros ele é completamente Johnny Cash e uns até em que lembra Still Water.

O filme começa de forma surrealmente trágica, pra em seguida tornar-se comicamente surreal até o último minuto. Um espetáculo regado a sacanagem, drogas e clichês do universo musical que acompanham esses artistas desde sempre. Nessa passagem pela história, vale prestar atenção aos coadjuvantes - bati palminhas com os pés quando Elvis ressuscitou em meu monitor.

A trilha sonora, finalmente, é 100% composta de canções realizadas para o filme. Com isso, temos um compêndio do que rolou na música (em termos gerais, friso antes que me atinjam os ovos) desde a década de 50 até praticamente os 00. O intérprete é o póprio John C. Reilly, eventualmente acompanhado dos companheiros de cena. Não há uma trilha em especial a ser recomendada, mas o hit Walk Hard é fabulous, igual diz a mocinha do High School Musical, cujo CD você não encontra aqui.

Soundtrack - Tenacious D in The Pick of Destiny

Zshara comigo.

Espetáculo de filme, trilha sonora melhor ainda, a tata recomendou aqui.

Anthrax - Stomp 442

Pega no meu zshare.

O Anthrax é uma banda esquisita, mas respeitável por isso. Nos primórdios eles eram METÁU no sentido Massacration da palavra. Tinham vocalista cabeludo com voz e nome de mulher (Joey Belladona), mas sempre tiveram um pézinho no alternativo. Foram eles um dos primeiraços a misturar rock com rap no clássico da MTV Bring the Noise com o Public Enemy. As consequências desse clip sentem-se até hoje.

Quando o mulherzinha saiu fora da banda, talvez por tamanha ousadia, eles colocaram um rapaz de cabelo curto, voz de homem e sobrenome que na gíria gringa significa xavasca (John Bush), e aí a banda foi se ajeitando e gravou esse disco aqui que está na minha lista dos discos mais massas pra se ouvir sozinho no carro socando o volante e gritando como retardado. Não, não tem rap. É rock pauleira minha filha. A voz do cara é possante!

Não demora muito pra você sacar a idéia, é só dar play. A duplinha de abertura Random Acts of Senseless Violence e Fueled já arrebentam de cara. Tem até o hit Nothing escondidinho ali no meio para as mocinhas.

Se você não tem medo de cara feia e gosta de coisas tipo Faith No More ou System of a Down, eu recomendo dar uma escutada.

O que me pega é o quão subestimado esse disco é. Os fãs de Anthrax tendem a ignorá-lo enquanto eu penso nele como o único disco deles que consigo ouvir inteiro. Quando eles foram ao Brasil um tempo atrás eu fui lá torcendo para ouvir uma musiquinha desse disco mas eles nem tchum. Eles sabem que a maior parte dos fãs ainda é METÁU então resolveram não ousar. Pior pra eles, de lá para cá eles nunca mais fizeram nada perto de Stomp 442. É hora de jogar tudo fora e começar de novo rapazes, vocês já fizeram uma vez e deu certo.

The Shins - Wincing the Night Away

Link Badongo

Discaço. Se não fosse apenas pela maravilhosa Phantom Limb, ainda assim seria um belo disco. Se mesmo assim não tivesse a linda Australia, ainda assim eu iria ouvir de vez em quando. Se não tivesse a bela Sea Legs, aí já não sei. Mas o fato é que todas estão aí dentro e eu recomendo.

Bajofondo Tango Club - Bajofondo Tango Club

Baila comigo?

Nuestros hermanos són ninjas, não és verdad? Coisa mais fofa este álbum, que traz dezesseis trilhas de um som muito original - o impensável ELETROTANGO. Pensa no Carlos Gardel cantando grosso no teu ouvidinho em ritmo trip hop. Pensou? É o que temos aqui. Melhor do que isso, só se o e-Mule me entregasse também um alfajor de damasco, à venda num armazém do Cabildo, em Córdoba.

O disco é de 2003 e reúne nomes argentinos e uruguaios importantes das atuais cenas de tango e música eletrônica. Baixei o disco sem nenhuma referência - mais uma vez, porque achei o nome supermassa. Ouvi a primeira vez na semana passada. A primeira audição foi estranha; na segunda, hoje de manhã, xonei.

Capa linda, hein?

Balkan Beat Box - Self Titled

Sonrisal

Uma coisa muito tom Zé seria misturar músicas dos Bálcãs com interferências turcas, israelitas, espanholas e norte-africanas sobre uma base eletrônica, certo? Te dá azia só de imaginar que barulho desgraçado resultaria desse blend? Clica no Sonrisal ali e bora descobrir um mundo lindo de canções animadas, cheias de metais, foles, palmas, castanholas e outros barulhos muito loucos - incluindo o vocal, com letras completamente non-sense.

Aqui declarei meu amor de verdade pela música nascida no leste europeu e é muito de lá que vem a influência dos componentes deste novaiorquino Balkan Beat Box, que é formado por artistas multifacetados e cujas performances ao vivo devem ser cheias de interferências daquelas que ninguém entende mas todo mundo aplaude. Não assistirei, mas recomendo o disco - este é o primeiro da banda. Eu e o Miranda Tesão de Homem *, na Superinteressante de julho ou agosto.

* UPDATE: Tá. Editaram o texto na Wiki, ele já não é mais um tesão de homem. Ô, dó.

C-Mon & Kypski - Dutch Rare Groove - CD2

Salsichón.

Quase um ano depois, atendendo a pedidos de leitor desesperado procura; continua sendo imperdível.