As músicas que ninguém nunca escutou

Friday, October 27, 2006

Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros

So sorry: deve ser a capa do K7, mas foi a única imagem maior do que uma polegada que achei por essa web de meu deus.

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Temos aqui um exemplo clássico de artista que você curte ou detesta - é impossível passar batido por Fausto Fawcett. Quando eu era criança pequena lá em Barbacena, achava mó legal aquele cara feio gritando "Calcinha!" em rede nacional. Depois, virei adolescente revoltz e passei a achá-lo um palhaço querendo arrotar sua erudição. Hoje, sou uma mulher madura e posso atestar: FF é um palhaço (no sentido literal da coisa) querendo arrotar sua erudição e isso não é nada mal - ao contrário, é bem divertidão. As letras do rapaz são muito bem sacadas, cheias de putaria e completamente nonsense, embaladas por um batidão delícia cremosa.

Neste "Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros", de 1987, temos oito trilhas, das quais sete são pérolas muito preciosas. Recomendo com veemência "A Chinesa Videomaker" e "O Rap d'Anne Stark" - e recomendo também que, até aprender a cantar, você use fones de ouvido. O carioquês do cara é impossível de ser compreendido se não for declamado no ouvidinho. A última música é um dueto com a intragável Fernanda Abreu. Faça como eu: pule sempre essa faixa. É chiado demais pra escutadores de novela curitibanos.

Tuesday, October 17, 2006

Motown Meets The Beatles


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A premissa é que os Beatles são a banda mais bacana do mundo de todos os tempos. Se você discorda, encaminhe-se ao X do canto superior direito e aguarde pela próxima atualização.

Não houve (bem que os Stones e os Gallagher tentaram, mas não chegaram lá) banda mais vanguardista com base em si mesma; um dia, quem sabe, talvez haja. Em vinte anos de carreira, os caras transformaram-se doidamente, numa evolução que nunca descarcterizou o som da banda - ao contrário, eles tornaram-se cada vez mais Beatles, nadando às braçadas largas num período em que o rock'n roll passava por (r)evoluções abruptas. Do iê-iê-iê melador de cueca à psicodelia insana, eles apenas se lapidaram, encontraram-se sem jamais ter dado um passo fora do rumo. John, Paul, George e Ringo foram e são mestres e inspiradores de uma série inacreditável e descomunal de artistas, que vai de Ozzy Osbourne a Samuel Rosa.

É muita tietagem na vida da pessoa.
Agora vai começar o texto sobre o disco que eu subi aqui.

Estragar a música alheia é muito mais fácil e recorrente do que transformá-la num som igualmente interessante - isso quando a música-mãe é interessante, claro: temos aí diversas versões de hits de Chitão e Xororó, Wanessa Camargo, Sandyxunior e afins que provam que nada é tão ruim que não possa ser piorado. Enfim: muita gente tenta e pouca consegue fazer direitinho, na minha humilde opinião.

Temos aqui um causo extasiante de tentativa e acerto: o encontro entre as estrelas da Motown e as estrelas da Apple Records. Tipos diversos de emoções percorreram minhas entranhas enquanto o disco ali rolava nos meus fones vintage; talvez não tenha conseguido trabalhar enquanto a música fluia, tamanho o encantamento. Houve instantes em que tive que fazer força para permanecer com a banda no assento da minha cadeira, tamanha a vontade de sair abraçando meus companheiros de trabalho, vibrando e dizendo que a humanidade ainda estará a salvo enquanto nossas crianças tiverem acesso às canções dos 4Fabs - principalmente quando elas vêm embaladas pelo soul do fundo da alma (hohoho) do power dos blacks da Motown. Para o próximo trocadilho, aguarde uns seis meses.

Tudo o que eu tenho a dizer ainda não foi dito, mas temo ser demitida da gerência desta casa se continuar babando ovos e escrevendo os textos mais compridos de todos. Tudo o que você tem a fazer é clicar lá e ser feliz como eu: afinal, a gente veio aqui pra beber ou pra conversar?

Thursday, October 05, 2006

TV on the Radio - Return to Cookie Mountain



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Levei um tempão para assimilar. Um tempão pra poder falar que gostei. Olha, é um disco difícil pra caramba de engolir. Mas vale a pena tentar. Province é um musicão e o resto não fica muito atrás. Vá lá, tente você agora e como sempre, não desista. Retroceder nunca, render-se jamais.