Ween - Shinola

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Ween é uma banda muito, muito estranha. (Rafael Batella)

O disco que temos aqui é uma compilação de canções que, por diversas razões, foram deixadas de fora de outras gravações. Talvez os caras não saibam porque elas ficaram de fora das outras bolachas; eu sei e vou contar aqui: os discos de verdade deles são chatos, talvez mal-intencionados de um experimentalismo exagerado, aquelas coisas cheias de esquisitices que não se combinam. Shinola, talvez por incluir músicas que foram gravadas com até 15 anos de intervalo entre si, passa longe disso.

Neste disco (o mais recente lançamento da banda, datado de julho/2005), a salada de sobras funciona de um jeito lindo. Dentro de toda a amplitude que a definição "alternativo" pode ter, o som dos caras é muito variado e, mesmo assim, todas as músicas têm potencial pra ser hit, nmho. "Tastes Good On Th' Bun", "Big Fat Fuck" e "How High Can You Fly" me dão vontade de quebrar tudo aqui em volta, enquanto o show dos System of a Down não vem.

Wilco - Sky Blue Sky

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Agora sim, o álbum na íntegra. Apesar de o disco não ter-me causado o impacto dos 2 antecessores (não conhece? se joga!), ainda assim Sky Blue Sky é uma obra de arte digna de figurar neste modesto sítio. Wilco consegue passear pelo country sem chegar perto de não ser rock. E rock é a palavra-chave aqui. Sky Blue Sky é menos roqueiro que A Ghost is Born, e não possui momentos Sonic Youth como era de se esperar pela tendência da banda. Pelo contrário, o disco te joga de volta ao princípio, mais perto de Sumerteeth ou AM, ambos discões. Mas o novo leva a vantagem da carga histórica, de saber o que funciona. E vem carregado de diferentes sentimentos.

Complicado de explicar, díficil de entender sem ouvir. Sky Blue Sky é, tranquilo, a coisa mais interessante que ouvi desde Devendra Banhart. Então você aí, da poltrona, clica no link ali em cima e delicie-se. É música feita para a alma, para ouvir com o coração. É música como todas as músicas deveriam ser feitas.

Menos as para dançar.

Agradecimentos ao Wilco, etc.

Shawn Lee's Ping Pong Orchestra - Voices & Choices

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Viva a Amazon, que sintetizou em uma frase tudo o que eu levaria dois parágrafos pra tentar explicar: "In Shawn Lee's world, Ennio Morricone dances with Esquivel and Gainsbourg as spaghetti western guitars and harmonicas ride fat drum breaks accompanied by vibes, lush strings, and piano.". É lindo, é magia, é diferente de qualquer outra coisa que você já tenha ouvido e é bom de-mais. Deve ser uma coisa jazzy-fusion-chill-out, mas eu não sou capaz de usar esses nomes difíceis.

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Mais um post sob encomenda: desta vez, o destinatário é o Thiago, pobre menino que queria muito ouvir esse som e não conseguiu encontrá-lo por aí.

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Tão chatos esses dois bofes que me largam sozinha aqui. :~

Soft Cell - The Best Of

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Este é um post direcionado (à Gi), que eu sei que pouca gente curte o tipo de som feito pelo Soft Cell. A dupla de ingleses estourou lá em 1981 por conta da sensacional versão para "Tainted Love", que todo mundo já ouviu, cantou junto e bateu a cabeleira alguma vez nesta vida - seja no puteiro, na buatchi ou na MTV, que veiculou horrores um clipe horrível do Marylin Manson estragando a musiquinha. Enfim: Tainted Love é a segunda melhor música dos caras. Segunda porque "Torch" é ditadora impiedosa, sanguinária e virulenta no meu coração. Coisa feia mais linda aquele sax meloso no fundo combinado à letra muito dramática.

Soft Cell é muito anos 80 - e não há um segundo sequer de trégua dos velhos tempos neste disco. Portanto, esta coletânea é daqueles sons que dão arrepios em gente que nunca curtiu Karma Chameleon, não vibra com um sintetizador ou não sintetiza com um vibrador. Aloooco!

Wilco - 3 faixas do próximo disco Sky Blue Sky

ou, subtítulo, "Oops, they did it again".

Link para baixar as canções

Vazaram 3 canções do próximo disco do Wilco, Sky Blue Sky, e por mais que eu tente segurar o entusiasmo e não fazer comentários antes de ouvir tudo, os 2 trabalhos anteriores deles são tão fenomenais que eu simplesmente não caibo em mim.

Já antecipo os meses a fio ouvindo o mesmo disco. Se liga em Either way, bateu-me um sorriso entre-orelhas nos primeiros 20 segundos.

*\ö/*