Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros

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Temos aqui um exemplo clássico de artista que você curte ou detesta - é impossível passar batido por Fausto Fawcett. Quando eu era criança pequena lá em Barbacena, achava mó legal aquele cara feio gritando "Calcinha!" em rede nacional. Depois, virei adolescente revoltz e passei a achá-lo um palhaço querendo arrotar sua erudição. Hoje, sou uma mulher madura e posso atestar: FF é um palhaço (no sentido literal da coisa) querendo arrotar sua erudição e isso não é nada mal - ao contrário, é bem divertidão. As letras do rapaz são muito bem sacadas, cheias de putaria e completamente nonsense, embaladas por um batidão delícia cremosa.
Neste "Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros", de 1987, temos oito trilhas, das quais sete são pérolas muito preciosas. Recomendo com veemência "A Chinesa Videomaker" e "O Rap d'Anne Stark" - e recomendo também que, até aprender a cantar, você use fones de ouvido. O carioquês do cara é impossível de ser compreendido se não for declamado no ouvidinho. A última música é um dueto com a intragável Fernanda Abreu. Faça como eu: pule sempre essa faixa. É chiado demais pra escutadores de novela curitibanos.